@bangersbrasil: Alice Cooper e “Love it to Death”

Você já parou pra pensar como era o rock, o metal e o hard rock há 50 anos atrás?

Um disco que conta muito desta história é o excelente “Love it to Death” do Alice Cooper, lançado pela Warner, com a maravilhosa produção do então jovem e desconhecido Bob Ezrin (Deep Purple, Pink Floyd) que completa hoje exatamente 50 anos!

Reza a lenda que Frank Zappa foi convidado para assinar com a Warner (que havia comprado sua gravadora), mas que só iria se levassem a tiracolo uma banda chamada “Alice Cooper” que então tinha apenas dois discos (muito esquisitos) lançados pela gravadora de Zappa (Straight Records). Vale lembrar que até 1973, com o “Muscle of Love”, “Alice Cooper” era a banda e não o vocalista. A partir de 1975 que Vincent Damon Furnier se lançou em carreira solo como “Alice Cooper” no “Welcome to my Nightmare”.

Os dois primeiros discos da banda eram, como disse antes, esquisitos, muito lisérgicos e não tiveram uma boa aceitação. A guerra do Vietnã conclamava sons mais viscerais. A banda entendeu isto e resolveu mudar tudo (até de cidade), encontrou Bob Ezrin (que viria a ser gigante na produção) e fez um álbum espetacular, meu favorito inclusive.

O disco começa com uma pegada hard setentista bem leve e na sequência já derrama o super clássico “I’m Eighteen” que se comunicou imediatamente com o seu tempo (Tenho 18 anos sou uma criança, mas sou homem e posso ir para a guerra).

E o disco continua com uma ótima vibe hard e momentos memoráveis e antológicos como as excelentes e indefectíveis “Is It My Body” e “Hallowed Be My Name”. Fora a maravilhosa esquisitice de “Black Juju”.

Este disco é tão bom e relevante que influenciou toda uma geração de heavy metal, punk e rock em geral, tendo músicas coverizadas por bandas tão distintas como Anthrax, Entombed, Melvins e Sonic Youth. Sem contar o processo de plágio contra o Kiss pela semelhança entre a música “Dreamin” e “I’m Eighteen”.

Discaço! Entre de cabeça que é uma viagem nas loucuras lisérgicas e psicodélicas de Alice Cooper, desta vez calcado em muito hard rock.

Fonte: Bangers Brasil
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