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28 Mar 2024, 2:03 pm

Glenn Hughes Emociona Rio De Janeiro


Glenn Hughes @ Teatro Rival – 22.09.2016

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Texto Pedro Só
Fotos Marcos Hermes

Aos 65 anos, com a garganta, o carisma e a competência musical intactas, Glenn Hughes é aquele velho amigo em quem se pode confiar sempre. Ele surge no palco do Rival com o som da casa ainda tocando “Get Off”, de Prince, depois de um aquecimento que incluiu James Brown e outros artistas de rhythm & blues que são do gosto do legendário hard rocker. E a transição é tranquila, porque a primeira canção é a funky “Way Back to the Bone”, do Trapeze, banda que Glenn teve antes da projeção com o Deep Purple.

gh7O baterista sueco Pontus Egborg, que o público carioca já conhecia da apresentação anterior de  Glenn no Rio, em agosto de 2015, senta a mamona com precisão, demonstrando seu suingue nórdico logo de cara – impressão confirmada em outras peças mais grooveadas do repertório.

O guitarrista é uma novidade, o dinamarquês Soren Andersen, 43 anos, que também costuma excursionar com Mike Tramp (do White Lion). Ele substitui com competência Doug Aldrich, escudeiro de Glenn no ano passado, trabalhando mais pela coesão do power trio, sem momentos  “só de butuca” à espera da sua hora de solar.

Depois de duas canções menos conhecidas, “Muscle and Blood” (do álbum que Glenn lançou em 1982 com o guitarrista Pat Thrall) e “Orion”, de 2005, o repertório retorna ao Trapeze, com “Touch My Life”, antes de Glenn declarar seu amor pela cidade e pelo Brasil. “Já estou chorando aqui”, brinca, ao mexer nos óculos, com alguma irritação nos olhos. “O Rio é uma das minhas cidades favoritas no mundo, em um país que também é dos meus favoritos”, rasga, antes de agradecer o “amor ” dos fãs. “Não existe outra maneira, tocar e estar aqui com amor para retribuir vocês.”

Não é papo furado, é respeito ao que faz e a quem sabe apreciar. Depois de mais uma do disco com Pat Thrall, “First Step of Love”, ele agradece aos fãs do Purple e manda uma bela versão de “Stormbringer”. Toma até uma aguinha depois, porque o gogó é bem exigido. Depois Glenn conta  a história da viajante “Medusa”, escrita aos 17 anos, na cozinha da casa dos pais, “quando eu era um menino, meu cabelo ia até a minha bunda”. Na canção gravada pelo Trapeze – e depois e pelo Black Country Communion -, explora os registros mais altos da voz e impressiona. Como ele consegue?!

Do BCC, sólido supergrupo com Joe Bonamassa e Jason Bonham (com novo disco à vista), ainda viriam “One Last Soul” e, no bis, a arrasadora “Black Country”. De seu baú particular do Purple, recuperou “You Keep on Moving”, em boa versão, porém menos apoteótica do que “Mistreated”, mimo da apresentação de 2015 que não se repetiu. Na introdução, Glenn avisou que era aniversário de seu parceiro na canção, David Coverdale. “Eu falei com ele hoje pelo telefone”, lembrou, antes de pedir aplausos para os falecidos Jon Lord (1941-2012) e Tommy Bolin (1951-1976), companheiros daquela formação. E o segundo bis tinha que ser mesmo “Burn”, gritada a plenos pulmões por todo o Teatro Rival. Infalível, como Glenn, “The Voice of Rock”. Volte sempre, amigo.

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Fonte: http://www.metalunderground.com

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Postado em setembro 24th, 2016 @ 19:19 | 2.243 views
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