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25 Apr 2024, 1:25 pm

Mosh Interview Com Magnífico Hellhoundz


Grande revelação da cena metálica brasileira,o Hellhoundz divulga o seu excelente primeiro full lenght “The Battle of the Somme”,um disco que mostra todo o talento dessa magnífica banda de Fortaleza/CE.

Por João Calixto

Conversamos com o baterista Rod Magnani , e ele nos fala sobre todo o processo de composição dele e a vontade do Hellhoundz em divulga lo ainda mais,após a volta das atividades nos palcos.

Iniciaremos comentando sobre o excelente primeiro full lenght do Hellhoundz, o primoroso “The Battle of the Somme”.Confesso que o meu primeiro contato com ele, me causou uma grande surpresa, porque não me lembro de um disco me impactar tanto na primeira audição quanto ele!!

FM: Conte nos como foi sua concepção.

Rod Magnani: Muito obrigado pelo elogio.

O “The Battle of the Somme” começou a ser pensado já na época do EP (2018). A ideia na época era já partir direto para um full, mas como a banda passou no seu inicio por um período de pouquíssima atividade, decidimos em primeiro lugar pelo EP.

Após esse período e estabilizarmos a formação da banda, o foco foi total em produzirmos o restante do material para o full que viria a se tornar o ‘The Battle of the Somme”. O trabalho foi muito prazeroso do inicio ao fim, desde a criação das demos até a gravação definitiva nos divertimos bastante. Sem pressão, nem cobrança, simplesmente deixamos a coisa fluir normalmente.

FM: Apesar do título, “The Battle of the Somme” não se trata de um disco que aborda apenas o tema da guerra. Algumas composições,vocês aproveitaram do primeiro EP “ Hellhoundz” de 2018.Como foi a escolha das músicas que completaram o play?

Rod Magnani: Exato, não é um álbum conceitual.

A  Hellhoundz é uma banda extremamente criativa, me arrisco a dizer que é a mais criativa pela a qual eu já passei! Pouco tempo após o lançamento do EP nós já havíamos composto uma serie de novas músicas, trabalhado novos arranjos para as músicas “antigas”, gravado demos e, inclusive já executando as novas músicas ao vivo. Isso foi fator primordial para sentirmos como as músicas funcionavam e o que precisava ser alterado nelas. Outro fator que eu considero de grande importância em todo esse processo, foi a entrada do Renan na banda, com isso nós nos animamos mais para trabalhar, criar, etc. Foi a peça que faltava no quebra cabeças.

FM: Pela qualidade do álbum, tenho certeza que ele foi muito bem aceito.Fale nos de como o público e a crítica especializada recebeu “The Battle of the Somme”.

Rod Magnani: Sendo bem sincero, a grande aceitação do album nos surpreende até hoje! Nós sabíamos que tínhamos algo bom nas mãos e que o material era forte, mas nunca esperamos a quantidade de elogios e resenhas positivas (nacionais e internacionais) que temos recebido.

Nós somos extremamente gratos por todos que doam um pouco do seu tempo, escutam nosso álbum e nos dão algum tipo de feedback, seja ele positivo ou negativo, e esse retorno tem sido em 95% das vezes extremamente positivo, tanto da critica quanto do público! Isso nos incentiva cada vez mais a estar produzindo material novo e tocar o barco para frente.

FM: Analisando o som do Hellhoundz, percebemos referências do metal tradicional que todos nós gostamos de ouvir. Notam-se influências do Metal 80´s, com elementos de estilos mais atuais. Era essa a expectativa final, quando vocês criaram o estilo de vocês? Um certo resgaste ao metal clássico,mas com pitadas de um som mais atual?

Rod Magnani: Na verdade, no inicio da banda a ideia era fazer algo totalmente diferente do que a Hellhoundz se tornou. Minha ideia era fazer algo mais voltado para um heavy/thrash, e a sugestão de tornar a Hellhoundz uma banda com o direcionamento mais tradicional partiu do nosso grande amigo e ex-guitarrista Tales Groo(Darkside), quando eu o convidei para fazer parte da banda. Dai para frente à Hellhoundz se tornou o que é hoje.

É inegável que nossas principais influencias como músicos são as bandas da NWOBHM, e após o inicio do trabalho nós começamos a trabalhar também com elementos um pouco mais “modernos”, mas sem perder a identidade e o direcionamento do estilo mais tradicional.

No meu ponto de vista a sonoridade dos anos 80 é incrível, mas ela pertence aquela época, por que não fazer um som com essa pegada mais tradicional com uma sonoridade mais atual? Esse foi um ponto que sempre esteve na minha cabeça e acho que tem funcionado bem.

FM: A arte gráfica da capa, remetendo á faixa título é de uma beleza sem igual!!! Como surgiu a idéia dessa ilustração?

Rod Magnani: Todo o conceito da capa surgiu depois da composição da ultima música do álbum, “The Battle of the Somme”. Imediatamente após termos composto a música e gravado as primeiras demos dela, sabíamos que a temática da capa e o nome do álbum estavam ali.

“Garimpei” muito na internet procurando um artista que conseguiria reproduzir o que eu tinha na cabeça, até que eu cruzei em um fórum de desenhistas com essa arte do artista russo Anatoly Muschenko, foi amor a primeira vista, estava quase tudo ali!

Entrei em contado com o Anatoly o questionei sobre a disponibilidade da arte e se seria possível fazer algumas alterações. Ele me cedeu a arte integralmente, mas não conseguiria fazer as alterações que eu propus por uma questão de falta de tempo, ainda assim ele me deu a liberdade de fazer as alterações como desejasse. E assim eu fiz, “escondi” na capa e contracapa elementos relacionados a todas as músicas do álbum.

Sou grande fã de Iron Maiden e o primeiro disco de heavy metal que eu ouvi e me tornou o que sou hoje musicalmente, foi o Somewhere in Time. Quem nunca perdeu algum tempo procurando elementos escondidos na capa daquele álbum? Esses elementos “escondidos” na capa do “The Battle of the Somme”, nada mais são que um tributo pessoal e um agradecimento a esse disco e banda que me inspira até hoje.

FM: Foi anunciando que vocês fariam a abertura do show do Symphony X em Fortaleza, mas devido a todos os contratempos decorrentes da pandemia, ainda não se confirmou a realização do evento,mas é um grande orgulho para todos vocês esse reconhecimento pelo trabalho,não?

Rod Magnani: O evento já foi oficialmente remarcado para 28/02/2021 e nós continuamos a ser a banda de abertura.

Eu diria que um grande orgulho e felicidade são poucos! Quando o convite surgiu nos pegou de surpresa, nós realmente não esperávamos.

Eu nos considero ainda uma banda nova, não achei que iria acontecer tão cedo um convite desse porte. Fato é que isso mostra o quanto nosso trabalho apesar de recente tem sido bem aceito e é um grande motivo de orgulho para todos nós!

FM: E falando em Fortaleza e Nordeste em geral, o trabalho feito pelas bandas da região quase não chegam aos estados mais ao Sul do país,mas vocês acreditam que com o advento da Internet,essa distância diminuiu nos dias de hoje?

Rod Magnani: Com toda a certeza. A internet ajuda demais, quem tem vontade de aparecer, mostrar seu trabalho e sabe usar a ferramenta com sabedoria, tem condição de aparecer não só no nosso país, mas para o mundo.

FM: E com a diminuição dessas distância,como está a divulgação e o reconhecimento do trabalho de vocês no exterior?

Rod Magnani: Espetacular! Estamos chegando a países da Europa, America do Norte, etc. Nossa musica já tocou em rádios e vendemos bastante nosso material fisico para outros continentes e o retorno tem sido ótimo, tudo isso graças a internet!

FM: O  Hellhoundz foi formado na união de vários músicos talentosos e experientes da cena metálica de Fortaleza. Essa junção de experiências contribuiu para a formação dessa identidade mais profissional que a banda criou?

Rod Magnani: Eu não diria profissional, acima de tudo sempre fomos grandes amigos. Essa amizade construiu e continua a alimentar a banda, o “profissionalismo” vem com o tempo.

Claro que nós temos uma organização dentro da banda, até porque somos 100% independentes e tudo é controlado por nós, até nossas esposas, namoradas e filhos se envolvem nessa cadeia “profissional”, no fim das contas a Hellhoundz é uma grande família.

FM: Voltamos ao tema pandemia,vocês realizaram uma Live,que foi divulgada nos seus canais digitais,onde mostra vocês executando algumas músicas e interagindo com o seu público.O que de produtivo essa parada trouxe em termos de criação para a banda?

Rod Magnani: Nós nunca paramos, sempre estamos produzindo algo, sejam vídeos, material para redes sociais e até novas músicas.

A pandemia tem trazido reflexão, e o isolamento forçado trouxe muitas ideias de musicas para nós. Já temos 85% de um novo álbum composto e com suas demos gravadas!

Como eu disse anteriormente, a Hellhoundz é uma banda extremamente criativa e até com toda essa adversidade nós conseguimos tirar coisas boas. Não pensamos ainda em começar a gravar um novo álbum, mas grande parte do trabalho já está bem adiantado.

FM: E quando o mundo voltar a um certo grau de normalidade,quais são os planos de vocês para o retorno do Hellhoundz as atividades propriamente ditas?

Rod Magnani: Tocar urgentemente! Não vejo a hora de reencontrar meus camaradas e fazermos bastante barulho juntos!

Na verdade tínhamos algumas datas agendadas que precisaram ser desmarcadas por conta da pandemia, acreditamos que assim que possível essas datas serão remarcadas e nós estaremos nos palcos novamente.

Nós ainda queremos tocar muito o “The Battle of the Somme” por ai antes de pensarmos em gravar um novo album, apesar de o trabalho para que isso se realize já esteja bem adiantado. O “The Battle of the Somme” precisa ser mais tocado e divulgado, ele merece isso pois tem nos dado muitas alegrias.

FM: Agradecemos a todos do Hellhoundz pela atenção e desejamos muito sucesso em sua trajetória. Deixe um recado final para nossos leitores.

Rod Magnani: Muito obrigado, João e Fanzine Mosh pelo espaço e apoio. Brevemente nos vemos por ai!

THE HOUNDZ OF HELL ARE READY TO STRIKE!

Formação atual ( fonte: facebook)
João Junior – Vocal
Renan Magalhães – Guitarra
Joe Wilson – Guitarra
Augusto Oliveira – Baixo
Rodrigo Magnani – Bateria

Interview · News · Underground

Postado em agosto 1st, 2020 @ 22:22 | 1.399 views
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