Apophanous: Metal com profundidade lírica
por Clovis Roman
A banda paulista Apophanous apresenta uma proposta interessante no que tange a questão lírica. Junto a isto, o som também é de altíssima qualidade. Um grupo novo, formado no ano passado, mas que já mostra grande qualidade, algo bastante perceptível em seu debut, o EP Obliteration has Come. Conversamos com o vocalista Vitor sobre a história e os planos do Apophanous, assim como sobre suas letras.
O Apophanous é uma banda nova, pois foi formada no ano passado. Como foi o surgimento da banda até estabilizar sua formação?
Vitor (vocais): O Fábio Trevisan (baterista) e eu já tocavamos juntos em outras bandas porém nada muito sério. A Apophanous surgiu da nossa vontade de fazer um som autoral e pesado e assim passamos a procurar por outros integrantes. Foi aí que conhecemos o Tiago Lima (guitarrista) que recém chegado em São Paulo estava procurando por uma banda. A gente começou a ensaiar enquanto procurava por um baixista e nos primeiros ensaios já trabalhávamos nas composições do EP. Meses depois a gente conheceu o Álvaro Albuq (baixista) que veio para completar a banda.
A estreia de vocês foi no 2º Berti Rock Fest. Como foram as negociações para vocês tocarem no festival e como foi tocar lá?
O Álvaro Albuq (baixista) é natural de Bertioga e é bem presente na cena musical de lá. Foi ele quem fez todo o trâmite pra tocarmos no 2º Berti Rock Fest uma vez que ele já tinha tocado na edição anterior com outra banda. Estrear no festival ao lado de grandes bandas como o Claustrofobia, Sinaya, Surra, Repulsão Explícita e outras foi uma experiência incrível. Não estávamos acreditando até subir no palco e mandar o nosso som. Até hoje nos ensaios comentamos sobre o momento e a satisfação que tivemos naquele dia!
E como está a agenda de vocês até o final do ano?
Estamos fechando algumas datas para o mês de Novembro e estamos com a agenda aberta para Dezembro. Em Novembro temos um evento confirmado para o dia 19/11 no Morfeus Club em São Paulo junto com as bandas OverDeath, Khatryna e Athimia.
A estreia fonográfica do Apophanous rolou este ano, com o EP Obliteration Has Come. O trabalho foi lançado em formato digital. Existem planos para que saia também em formato físico?
O EP foi lançado digitalmente em praticamente todos os veículos do tipo (iTunes, Spotify, Deezer, Xbox Music, Youtube, etc) e planejamos lançar também cópias físicas dele até o final deste ano de 2016. Do EP lançamos também um lyric video para a faixa “Death Drive” que está disponível no Youtube. Acreditamos que a divulgação digital é mais expressiva hoje em dia e podemos alcançar o mundo todo com este formato, porém as cópias físicas serão um bônus para quem acompanha o nosso trabalho.
Como foram as gravações do EP? Vocês trabalharam com Tito Falaschi, como foi a experiência?
O processo de gravação do EP foi um aprendizado pra nós, para a grande maioria dos integrantes foi a primeira experiência de gravação profissional e o Tito Falaschi foi muito importante nesse processo e nos ajudou muito. Ele é um dos músicos mais talentosos do nosso país e um excelente produtor. O resultado final nos agradou bastante.
O disco conta com as partes Brutal Deviations e Freudian Desires – como vocês explicam a temática lírica da banda? O que os influencia ao escrever as letras?
A temática principal da banda baseia-se na psiquê humana, em conflitos psicológicos e distúrbios, todos descritos com o peso que um estilo como o Metal deve carregar. Algumas músicas falam sobre temas como pulsão de morte, violência, psicopatia, entre outros. Então muitas letras têm influência de estudos de psicanálise, casos de serial killers, relatos de distúrbios ou até mesmo filmes sobre os temas, como a música “Origins of Violence” que abre nosso EP e teve sua inspiração em uma cena do filme “A Ilha do Medo” de Martin Scorsese por exemplo.
Vocês já estão planejando gravar algum novo material ou por enquanto vão continuar divulgando o EP?
Estamos divulgando o EP durante todo esse ano e em paralelo estamos trabalhando nas composições do nosso primeiro álbum que pretendemos lançar no ano que vem.
O EP tem 20 minutos de duração. Nas apresentações ao vivo, como vocês preenchem o tempo em cima do palco? Apresentam algumas covers ou tocam outras canções autorais?
Além das músicas do EP temos algumas canções que farão parte do álbum e tocamos também alguns covers de bandas que nos influenciam de alguma forma como o Nevermore e o Sepultura por exemplo.
Quais são os planos para o futuro da banda?
Nosso foco hoje é lançar o primeiro álbum e partir para uma turnê nacional e posteriormente uma turnê internacional para divulgar o lançamento.
Deixem uma mensagem para os leitores do Fanzine Mosh.
Primeiramente agradecemos à Fanzine Mosh pela oportunidade e convidamos os leitores a ouvir nosso EP nos canais digitais e nos acompanharem em nossa fan page no Facebook! Em breve teremos grande novidades!!! O Apophanous é a tentativa do ser humano de explicar aquilo que desconhece!
Contato: www.facebook.com/apophanous