Accept, Sodom, Coroner, Delain, Tristania, Kamelot, mais os representantes brasileiros Max & Igor Cavalera e Krisiun que foram as principais bandas do navio em 2019
Pois é amigos, pelo 5ano o Fanzine Mosh esteve presente em mais um 70 Tons Of Metal, e como sempre fomos muito bem recepcionados e
tivemos acessos a este incrível navio.
Com destino a Labadee pela segunda vez, o navio partiu com mais de 2500
headbangers ávidos por muita diversão e shows.
O cast deste ano foi um dos mais diversificados porém com poucas bandas de
tamanho como Accept, que para mim
foi um grande desafio estudar e conhecer alguns novos nomes e poder surpresas
ao longo dos 5 dias.
Já no embarque pude reencontrar amigos mexicanos,
brasileiros e alguns artistas que já pude ter o privilégio de produzir seus
shows em Curitiba que já me deixou numa atmosfera de me sentir em casa. Como
todo ano temos treinamento de emergência e no meu grupo estava o Igor
(Cavalera) com quem já pude conversar um pouco e dar boas risadas.
Mas vamos aos shows do primeiro dia… Abrindo o navio de 2019 foi escalado as bandas Mors Principium Est e Dragony que se apresentaram no mesmo horário em locais diferentes. Na dúvida optei pelo Mors por conta de ser uma banda que eu gostei mais do som quando pesquisei. A sequência da noite foi muito boa trazendo os holandeses do Delain com seu excelente Metal Sinfônico, Tyr e seu Folk Metal, Fleshgod Apocalypse que já tem uns elementos sinfônicos também, porém muito mais agressivo e pesado com bastante técnica. Já no meio da noite começaram os shows que mais estava ansioso para ver, que eram os shows do Soulfly, Sodom e Accept. Na ordem, Soulfly foi um grande reencontro poder ver um amigo e ainda ouvir ele falar: “Long time I dont see you” quando me viu no pit. Juro que fiquei perplexo e feliz pelo reconhecimento, e é claro pelo grande show que a banda fez neste dia. Segui então para um jantar rápido pois Accept seria o próximo da noite e sabia que iria rever o Mark e Wolff tocando vários clássicos da banda. E assim foi, um passeio entre faixas anteriores a entrada de Mark e várias faixas já com ele a frente da banda. Simplesmente sensacional. Bem, como era uma noite que prometia com tantas bandas boas e grandes conhecidos, parti para o show do Sodom, e por mais uma vez Tom, agora com novo lineup da banda ganhou mais peso e uma segunda guitarra (a cargo de ninguém mais que Frank Blackfire) que realmente deu mais corpo ao som da banda e preenchendo “certos” vazios na hora dos solos. Em certo momento do show quando Tom pegou uma água para brindar com o público ele me reconheceu e me brindou dando sua água. De novo, fiquei num misto de felicidade e perplexidade com tamanha consideração.
No segundo dia, agora já com o palco da piscina em
funcionamento, a primeira do dia foi banda de Power Metal sinfônica anglo-suíça Gloryhammer divulgando seu recente
trabalho “Legends From Beyond The Galactic Terrorvortex”. Em seguida
veio irmãos Gallangher do Raven que
já fez a alegria deste velho headbanger. Como sempre a banda sobra no palco e o
carisma de John levou a todos por um grande passeio da carreira da banda. Interessante
ainda é ver a toda energia de Mark no palco parecendo ter ainda seus 20 e
poucos anos.
No segundo dia, assim como será no quarto, são os dias em que podemos
entrevistar as bandas que vão no navio e com isso, meu foco fica na sala de
imprensa e na agenda longa para ter uma conversa com as 12 bandas que estavam
programadas. Eu levei perguntas para fazer com Black Dhalia Murder, Delain, Accept, Onslaught, Coroner, Krisiun,
Paradise Lost, Grim Repaer, Obituary, Pestilence e Soulfly. Com alguns atrasos iniciei algumas entrevistas que me
tomaram toda tarde e inicio da noite só me deixando poder fotografar e conferir
os shows das bandas Kamelot, Vivious
Rumors, Eluveitie e Napalm Death.
Ainda consegui ver duas que eu entrevistei no dia que foram Onslaught e Krisiun. O destaque desta noite ficou com os nossos brazucas do
Krisiun que estavam divulgando seu último trabalho, o fenomenal “Scourge of the
Enthroned”. Mas também não posso desmerecer o Napalm Death que se apresentou no palco do deck da piscina às 01:30
com local abarrotado de headbangers ávidos por ouvir “Apex Predator – Easy
Meat” que apesar de ser lançado em 2015 ainda emocionou a todos presentes.
Terceiro dia, o dia de desembarcar e aproveitar Labadee, um resort privado, alugado à Royal Caribbean até 2050 localizado na costa norte do Haiti. Esta foi a segunda vez que aportamos lá e desta vez eu não pude deixar de fazer a tirolesa de lá que é considerada a maior do mundo sobre o mar. São cerca de 790 metros de extensão, a uma altura de aproximadamente 150 metros, simplesmente sensacional, fazendo valer e em muito os US$100 cobrados. Como no navio não tem backstage, o mesmo acontece em terra e acabei por bater um longo papo com o Mark Tornillo que me apresentou sua esposa e conversamos longamente sobre Brasil, navio e é claro os shows. Outro músico e conhecido que pude até agradecer pelo seu comentário no show foi o Max (Cavalera) que tivemos um papo curto, mas sempre falando um pouco de nosso país e como seria o seu segundo show que apresentaria o álbum “Roots” na íntegra. O dia estava ensolarado, mas passa tão rápido que logo já estava embarcado indo para o show do TÝR, Dark Funeral e Paradise Lost, mas estava muito ansioso para ver o Rage & The Lingua Mortis Orchestra que me surpreendeu muito ao vivo com orquestrações extremamente bem elaboradas aliadas ao peso da guitarra de Victor Smolski foi um dos pontos altos da noite. Outra grande apresentação da noite, para mim foi o Grim Reaper que apesar de tocar no menor palco do navio, foi grandioso, energético e uma real superação em todos os sentidos!
Quarto e ultimo dia. Como eu havia comentado anteriormente, o segundo e este dia, são os dias das entrevistas, e desde cedo fique no emprenho para tentar realizar todas as entrevistas programadas e agendadas, porém, foi decepcionante, houve banda que não compareceu, outra que cancelaram as entrevistas individuais e fizeram uma coletiva, e também houve um pouco de desorganização do próprio pessoal que coordenava tudo não disponibilizando local para entrevista e também marcando o mesmo horário para duas bandas e não segurando banda enquanto eu estava terminando outra entrevista. Resultado, de 12 voltei com 7 entrevistas feitas. Uma pena, pois para nós é um esforço econômico muito grande para ir mesmo sendo credenciados. As entrevistas deste ano, todas foram feitas em vídeo e aos poucos iremos disponibilizar elas dentro da aba ‘Mosh Interviews’, com a transcrição e o vídeo propriamente dito pelo nosso canal.
E vamos seguir para nosso ultimo dia de shows! Já liberado e ainda um pouco frustrado com as entrevistas, resolvi abrir atrás de uma cerveja e pensar: ‘Dane-se, vou compensar as – não entrevistas, com os meus amigos mexicanos e aproveitar um pouco o navio apenas indo de show em show com eles e ver o maior número possível de shows’
Já munido de uma latona de fui para o deck da piscina começar com Obituary e procurar os amigos. Por felicidade lá estavam eles como sempre também munidos de bebidas e muito alegres. É uma satisfação muito grande sempre encontra los e poder conversar sobre a cena nos EUA e outras particularidades. Mas vamos falar do show do Obituary que ainda esta divulgando ainda o álbum que leva o nome da abanda e foi lançado no ano de 2017 pela Relapse Records. A sequência dada foi com o repeteco do show do Krisiun e seguindo para os bons shows do Kalmah, Arkona e Ensiferum. Como um bom headbanger‘old skull’ dei aquela corrida para curtir os Onslaught e de quebra ainda peguei o Kamelot na metade de seu show. Mas a noite estava para é claro, Max & Iggor tocando o álbum “Roots” na íntegra, e assim o deck estava lotado, abarrotado de headbangers cantando, dançando e pulando do início ao fim do show deles. Um arregaço! Max estava com “sangue nos olhos” e levou todas as faixas com muita propriedade. Pelo ‘running order’ do dia, deixava bem claro que além deles (Max & Iggor) a noite era para première do Eluveitie e os mestres teutônicos do Accept, é claro, rolou um repeteco e uns drinks com os amigos mexicanos até o sol amanhecer no karaokê tradicional da ultima noite.
O 5º dia na verdade, é só a saída do navio mesmo, nenhum evento ou algo que tenha conteúdo para ser citado além de agradecer toda ajuda de Wolffgang e sua equipe de imprensa, mais Allison Painchaud que todo ano gentilmente cede espaço para o Fanzine Mosh/ Programa Midnight Metal poder estar presente no navio.
Nos vemos em 2020 sailors, rumo a Cozumel!!!!