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17 Apr 2024, 10:12 pm

CD Review: Tyranno – Skulls,Horns & Lust


Tyranno – “Skulls,Horns & Lust” (nota: 9,0)

por João Calixto

 

Impressionante como o trabalho de uma mente brilhante como a de Tom Warrior, se tornou tão influente por gerações após gerações. Tanto no Hellhammer como no Celtic Frost, sua obra é referência para uma infinidade de bandas que se identificaram com o estilo criado por ele. Esse fenômeno fez com que surgissem bandas de talento incontestável e de épocas cada vez mais distintas. Uma dessas bandas é o Tyranno, banda carioca que após lançarem o EP “Master of Evil”, chega com um excelente play de estreia. Com uma produção bem caprichada, capa com arte gráfica feita por Opositor, o Tyranno já é bem conhecido do circuito de shows no underground nacional, mesmo com pouco tempo de estrada. Participou de inúmeros festivais, divulgando intensamente esse novo trabalho.

Vamos á ele, “Skulls, Horns & Lust” prima pela qualidade das músicas e pela ótima execução delas. O grande mérito de qualquer álbum, seja ele do estilo que for, é a vontade do ouvinte querer ouvi-lo de novo, coisa rara nos dias de hoje e esse play do Tyranno consegue isso com extrema facilidade!!! Bases bem executadas, pesadas e todo aquele feeling Old School que a gente respeita!!! O play se inicia com “Satan ´s Domain”, excelente música de abertura, mostrando que o que se percebe por todo o álbum, a destreza dos componentes em todas as músicas, muita energia e qualidade. Seguimos com “Borinage” e “I’m Obsessed”. As letras tratam do universo obscuro e toda a temática satânica já peculiar ao estilo, longe ser um trabalho clichê ou datado, “Skulls, Horns & Lust” nos remetem aos grandes álbuns de Death/Black que fizeram a cabeça dos amantes do estilo e isso que torna tão agradável a sua audição. A próxima é ” The Hound” e “Black Soul of Discord”, com bases insanas de Dyd Bastard emoldurando toda sua execução. Um detalhe a destacar também, são os vocais em todas as músicas, também feitos por Dyd. “Fall of the Black Messiah” serve de intro para a minha preferida do álbum. “Burned Alive” consegue se destacar pelo seu peso e andamento arrastado e destaco o trabalho de Michelle Diabolic no baixo e Bitch Hunter na bateria, os quais conseguem fazer um ótimo pilar de sustentação para todas as músicas. Isso se torna muito importante, quando se trata de uma banda no formato em trio. A necessidade do baixo ajudar no peso das músicas, faz com que o papel do baixista, se torne de extrema importância, e para isso, a sincronia com a bateria, se torna mais que necessária. Fato que o Tyranno consegue realizar com grande maestria. Um excelente power trio!!! “Seguimos com “King”, “Born Dead”, essa falando do tema da ameaça nuclear e seus males e fechando o play, temos “The Great Homange Night”. Outro detalhe, são as vinhetas e teclados, utilizados em algumas faixas, dando um clima bem soturno ao álbum. Os teclados ficaram a cargo de Sir. R Grim Jewel.

Podemos dizer que o Tyranno conseguiu transpor para esse “Skulls, Horns & Lust” toda a sua essência e principalmente, conseguiu trazer aquele clima de “ao vivo” na execução das músicas, coisa rara nos dias de hoje. Vejo com muito bons olhos a trajetória do Tyranno dentro do cenário underground, porque antes de tudo, esse play de estreia, tem um elemento essencial para o sucesso de qualquer banda, ele tem ALMA!!!! Tendo esse requisito principal, o resto é continuar na luta, porque os frutos virão com toda a certe

 

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Postado em junho 18th, 2018 @ 20:00 | 2.076 views
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