Whitesnake @ Metropolitan, Rio de Janeiro – 02.10.2016
Texto e fotos Marcos Hermes
Depois de fotografar o Whitesnake algumas vezes, e ter me decepcionado em apresentações passadas, fui para o Metropolitan com certa desconfiança. Até porque em se tratando de uma banda tão clássica, com tantos hits, músicos espetaculares que passaram pelo line up, e tanta história agregada, tudo poderia acontecer.
E confesso que dessa vez o show foi bem bacana. Talvez pelo frescor da primeira tour com a nova formação, o retorno do exímio baterista Tommy Aldridge, que deu um show à parte, inclusive tocando seu solo clássico – tendo uma parte dele executada com as mãos, sem baquetas – e a certeza de que os vocais de David Coverdale nunca mais será a mesma. Ele mudou a voz, e canta rasgado, arriscando alguns agudos e economizando nas notas mais altas, que foram preenchidas pelos vocais de apoio da banda e algumas “camas” do teclado.
Tendo um repertório radiofônico na ponta da língua do público, mulheres lindas na platéia, uma mixagem de som com peso e qualidade, e todos os clichês de caras, bocas e jogadas de cabelo para os lados (bem poder), a banda justificou o dinheiro gasto pelo público presente e fez com que todo mundo ligasse o Greatest Hits dos caras no carro, na hora de voltar pra casa, gritando “Is This Love”.