Agony Voices – The Sin (Independente – 2011) Nota: 7
Por Clovis Roman
O grupo catarinense Agony Voices, que está completando 10 anos de carreira em 2015, começou sua discografia com um belo trabalho. O álbum de estréia do – na época – quarteto chama-se The Sin, e vai fundo em temas tétricos e letras sorumbáticas, com boas referências de Katatonia e Paradise Lost. Apesar de todo o clima excruciante, a audição do trabalho é bastante satisfatória, o que contrasta com o gênero da banda: o Doom Metal.
A faixa título tem partes que remetem a fase intermediária do Rotting Christ, além de possuir um belo trabalho de guitarras e uma sonoridade normalmente característica em bandas de Doom Metal curitibanas (não a toa o trabalho foi produzido por Maiko Thome, renomado profissional que manja tudo do assunto e integra o grandioso Lachrimatory). Eses elementos a tornam “The Sin” a melhor faixa do play. Não que as canções seguintes decepcionem, muito pelo contrário: “Forest of Tears”, como manda o figurino, é cadenciada mas conta com partes mais rápidas, tornando o som ainda mais pungente. A fórmula se repete, com sucesso, em temas como “Tombstone of Agony” e “Burning in Darkness” (que ganhou um belo vídeo clipe). Essa última aborda o tema suicídio, narrando a situação de uma pessoa que finda sua vida procurando acabar com o eterno infortúnio da existência: “I can’t stand my life no longer, I think I found a solution”, urra o vocalista Jonathan em determinada parte.
Por fim, vale registrar que apesar das batidas contidas e velocidade moderada, a audição do trabalho parece acabar muito rápido (desconsiderando a última faixa, um bônus, são cerca de 44 minutos de duração). O caminho do Agony Voices começou a ser traçado em grande estilo. Há pouco tempo, eles colocaram no mercado seu segundo disco, Mankind’s Glory. A se julgar pela estréia, pode comprar sem medo.
‘The Sin” tracking list
- Lady of Valley
- The Sin
- Forest of Tears
- Mistake in Life
- Tombstone of Agony
- Burning in Darkness
- Forest of Tears (Original Track 2007)
Clipe de “Burning in Darkness”: