Brutallian – Blow on the Eye (Voice Music, nac) – Nota: 9
por Clovis Roman
Em cerca de 40 minutos, o Brutallian mostra um Heavy Metal sem muita firulas e flertes com outros estilos. Após uma introdução que graças aos deuses do Metal é bastante curta (é um diálogo), a canção título entra arregaçando com tudo, com uma interpretação no mínimo fabulosa de Pablo Barros. Ele manda agudos extremos sem soar irritante ou desafinado. Ele rouba a cena, apesar do trampo instrumental também ser muito bom. Em “Black Karma”, um pouco mais contida e onde é nítida a influência do Judas Priest, Barros canta em tons mais agressivos, mais guturais, em um resultado igualmente ótimo.
A partir desse ponto, o ouvinte já virou fã da banda e todas as barreiras de um eventual preconceito já foram derrubadas. Aí vem a paulada “Primal Sigh”, que mantém o nível, com passagens propícias para balançar a cabeça. Uma pausa para respirar vem com “Psycho Excuse”, com trampo de violão e voz. Tudo volta ao ‘normal’ com a dobradinha “You Can’t Deny Hate” (rápida e rasteira, contrastando bastante com a canção anterior) e “Hell Is Coming with Me”, essa com uma pegada mais Rock and Roll.
Mais cadenciada, “I, The Scoundrel’ surge com uma leve pitada de Stoner, mas claro, sem descaracterizar o som. E por fim, outra com clima mais despojado, “Pain Masterpiece” encerra o play. O grupo, que contava na época, além de Barros, com o guitarrista Rhodes Johnson (que saiu, dando lugar a Lex Wave), Fabio Matta (baixo) e Rayan Oliveira (bateria), acertou em cheio nesse ‘full album’. O encarte é simples, contendo as letras e uma foto da banda que é belíssima – pela arte em si, não pelos caras. A capa é ok, transmite a mensagem e tem relação com o título do trabalho. Simplesmente imperdível: do Maranhão para o mundo!
MÚSICAS
1. A Prelude to Agression
2. Blow on the Eye
3. Black Karma
4. Primal Sigh
5. Psycho Excuse
6. You Can’t Deny Hate
7. Hell Is Coming with Me
8. I, the Scoundrel
9. Pain Masterpiece