por Adriano Purcino
Formada em 2011, a banda paulista Okill surgiu sob o nome Macchina, com a intenção de fazer “simplesmente Rock”, como diz a própria banda, e Rock dos mais pesados diga-se de passagem.
A formação atual conta com o quarteto: Anderson “Punkinho” Mattiello (guitarra/vocais),
Atila Viggiani (guitarra), Marvin Rodrigues (baixo) e Renan CM (bateria).
Sem a utilização de teclados ou outros recursos eletrônicos, o som da banda é carregado de peso utilizando a clássica formação de vocal, guitarras, bateria e baixo, nada mais que isso.
A mistura de várias vertentes do Rock/Metal no estilo da banda criou algo bastante energético e agressivo, muito groove nos riffs de guitarra e uma cozinha com muita técnica para acompanhar a pancadaria sonora.
Quanto a produção, a bateria foi gravada no Rising Power Estudios por Regis Ferri, as guitarras, baixo e vocais foram gravados no Okill Home Studio por Anderson Mattiello que também cuidou da edição, produção, mixagem e masterização.A capa ficou a cargo de Vinícius Gaion.
Algo interessante a se comentar sobre este disco, principalmente pra quem ainda não conhecia o trabalho da banda, é que ele é composto por uma música inédita, chamada “The Pain Remains Insane“, e oito releituras de sons antigos, de quando a banda se chamava Macchina, e vem para mostrar a nova pegada do Okill, que desde que se tornou um quarteto com duas guitarras vem apostando em mais peso e mais versatilidade.
A bolachinha abre F.Y.B, porrada cadenciada com excelentes riffs e um ótimo solo, e cozinha acompanhando com muita técnica.
The Pain Remains Insane é um petardo esmagador, monstruosos riffs acompanhados de bumbo duplo pra castigar o pescoço, destaque imediato.
Já a faixa Age of Intolerance, chega a lembrar o Sepultura com os riffs iniciais devido ao peso do groove, no decorrer da música a pegada Punk/Hardcore fica evidente no estilo dos riffs, sempre acompanhados pelos vocais sempre rasgados de Anderson Mattiello.
You Are Inside My Soul traz novamente aquele groove marcante, que hora lembra algo de bandas de Southern Metal e também remete a bandas de Death Metal Old School principalmente no “breakdown”.
A próxima faixa leva o nome antigo da banda, Macchina, levada rápida, bem Thrash Metal, seguida de umas quebradas de ritmo muito boas e com um ótimo solo.
Algo que particularmente gostei bastante além dos poderosos riffs, são as linhas de bateria, sempre bem variadas e com um ótimo uso dos bumbos duplos, a faixa It’s Up To You é mais um exemplo disso.
Alive traz aquele groove maroto, cadenciado e empolgante, aquela faixa que não deixa ninguém parado nos shows.
Don’t Get Stopped não deixa por menos no seu peso cheio de groove, nesse álbum não tem espaço para faixas lentas, é porrada atrás de porrada.
Fechando o disco temos I’m the Way, aqui chegamos a conclusão que o ponto forte da banda e peso com cadencia, não são do tipo de banda que gosta apenas de tocar extremamente rápido, e particularmente, gosto desta pegada, as faixa permitem melhores arranjos e se tornam mais interessantes, o que é mais difícil se a intenção for apenas tocar na “velocidade da luz”.
Um ponto que particularmente acredito precisar de uma atenção maior é o ritmo dos vocais, em alguns momentos parece que soam meios deslocados do instrumental, pode ser impressão minha apenas, mas, uma atenção a mais neste ponto, acredito, que irá melhor muito o ritmo e melodia aplicadas ao instrumental, o qual, no final das contas, resulta em um ganho geral de qualidade no som da banda.
No geral, um ótimo lançamento para os amantes de bandas com muito peso e técnica, que venha o próximo álbum.
Nota: 08/10
Okill – The Pain Remains Insane