Rage Darkness – Engine of Misanthropy (Independente – Nacional) – Nota: 8,5
Texto por Clovis Roman
O Rage Darkness surgiu em 2008, e lançou dois EP’s, “Silent War” (09) e “Trial of Hate – Deluxe EP” (10). De lá até o atual álbum, Engine of Misanthropy, houve uma debandada geral de músicos. Daquela formação, restou apenas Vinicius Alexandre, que no álbum é creditado com Vinne. Para o baixo, no lugar de Alexandre W.A. (que passou pelo Imperious Malevolence) entrou Caco Ramos; na guitarra solo o posto ficou com Juliano Moser e as baquetas com Zimmermann (que também já “vazou”. Seu substituto é Rafael Marques). E toda essas mudanças obviamente trouxeram novas nuances ao som do Rage Darkness. Os vocais são menos moribundos que outrora, dando mais emoção e sentimento a obra, pois soam mais viscerais e sofridos. Há também muitas partes com vozes mais limpas, que são igualmente efetivas. Já o trampo das guitarras continua ótimo, e no geral, eles incorporaram alguns elementos de Death Metal e algo, quiçá, do Thrash.
O som da banda mudou, mas evoluindo e lapidando o que eles vinham apresentando. Esses cinco anos sem lançamentos parecem terem sido bem aproveitados. Afinal, tudo aqui soa mais grandioso e mais elaborado. Tanto que duas das melhores canções desse trabalho são “Morphine” e “Fear of Change”, que eram inéditas até então. Cito isto, afinal, aqui estão presentes também “Silent War” (um arregaço de música), “Painfull Farewell”, “Virus” e “Trial of Hate”, todas dos discos anteriores.
Sobre a engenharia da misantropia, Vinne explica sobre a dissertação da questão psicológica do ser humano: “Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas no psíquico de cada um, diversas vezes”. Se a parte lírica é aprofundada, a banda não deixaria a parte sonora de lado. A ótima produção foi realizada por Alexandre Cegalla, que também já trabalhou ao lado de bons nomes locais como Krucipha e Fire Shadow. São 10 composições no total, com exceção da introdução, que totalizam cerca de 46 minutos. Agora a banda deve é fazer shows, muitos shows. Há um novo single a caminho (“Oblivion”), e em 2016, o Rage Darkness tem mesmo é que por o pé na estrada.
MÚSICAS
1. Intro
2. Morphine
3. Fear of Change
4. Virus
5. Behind Your Eyes
6. Thanks for Your Hostility
7. Painful Farewell
8. Trial of Hate
9. Inner Self
10. Silent War
11. Engine of Misanthropy