Guaru Metal Fest @ Clube Recreativo de Guarulhos, São Paulo – 7-8.09.2018
Guaru Metal Fest 2018 foi a prova de que o Metal Brasileiro não deve nada pra gringo!
Por Alexandre Chakal
– Editor do Metal Reunion Zine e Gestor do selo Metal Reunion Label & Distro
Pela quarta vez consecutiva, me organizei para visitar a cidade de Guarulhos e conferir esse fest anual, que reúne diversas bandas do subterrâneo brasileiro e sempre traz bandas internacionais que não tocam muito no Brasil. Esse foi o segundo ano que a produção do evento apostou em fazer dois dias de festival, chamados de Extreme Day e Heavy Day.
Revelo que esse ano eu estava bem mais ansioso. Afinal esperei 28 anos para ter a chance de assistir a única apresentação que os mestres do Bulldozer fariam no Brasil.
Meu plano inicial era o de sempre. Expor material de minha distro, assistir aos shows e ficar bêbado ao som de Metal veloz. A caminho de Guarulhos, verifiquei se o amigo Leon Manssur já havia chegado por lá, e tive a noticia que devido ao feriado, ele não conseguiu passagens e iria perder esse acontecimento. A missão do Leon no evento era meio parecida com a minha, sem ficar tão bêbado até porque ele também estaria fazendo a cobertura do festival para a Mosh.
Então o que segue abaixo é minha tentativa de passar aos leitores do fanzine Mosh um resumo de fragmentos de minha emoção nesses dois dias mágicos que foram o Guaru Metal Fest 2018.
Na intenção de conseguir mesas para expor os materiais, cheguei exatamente na hora que os portões abriram e já me deparei com uma grande quantidade de Headbangers de várias gerações na porta do Clube Recreativo, colocando o papo em dia e fazendo o ritual etílico padrão de preparação para assistir Bulldozer e mais 11 bandas que recheariam esse Extreme Day.
Com base no que assisti nas edições anteriores, a produção do evento é muito preocupada com o cronograma das bandas e também com o atendimento ao público, mas esse ano as coisas ficaram um pouco mais complicadas para a produção do evento. A empresa responsável por montar o palco e equipamentos (PAS, iluminação, fumaça…), chegou atrasada. Segundo a organizadora Deca Cast, a empresa deveria estar no local do evento um dia antes e iniciar a montagem as 7h da sexta feira(7/9), porém chegaram as 10h para começar os serviços de montagem. O Bulldozer que estava programado para passar o som às 13h, mas só conseguiu fazer isso as 16h, ocasionando um atraso de 2 horas no início do evento, e obrigando a produção a fazer diversos ajustes de última hora e mudanças no cronograma que havia sido divulgado no site e redes sociais.
Mas após uma breve passagem de som do Bulldozer, sobe ao palco o Havok 666. O duo poderoso da cidade de Salto/SP foi estrategicamente escolhido para dar o “start” no Extreme Day e fez o que faz de melhor. Death Metal Brutal completamente influenciado na velha escola. O que sempre acho surpreendente é o fato de apenas dois caras conseguirem preencher tanto suas músicas. Já assisti bandas com cinco integrantes que não conseguiam criar atmosfera tão completa. Percebi que ainda estavam rolando ajustes na mesa de som e aparelhagem de palco, e que o show do Havok 666 poderia ter sido muito mais devastador do que foi. Mesmo assim foi um início sensacional. Logo na sequência com intervalo bem curto, o Black Metal veio muito bem representado pelo Arbach de Anápolis, Goiás. Banda que eu havia conferido apenas o álbum “Left Hand Path” e tinha muita curiosidade de ver como funcionava em cima de um palco. Resumo que ao vivo os caras soam absurdamente mais empolgantes do que no disco, que por sua vez, já é um arregaço. O som que vinha do palco mostrava que o pessoal da mesa de som tava começando a entender qual era o esquema e o show do Arbach foi bem escutado.
Guerreiros Headbangers, sinceramente dispensa apresentações. Tudo na banda soa bem, desde o visual até a postura de palco. Assistir a uma apresentação desse caras é um verdadeiro culto ao Metal Selvagem, cujo público presencia uma dose enorme de compromisso ideológico com o Heavy Metal e todos os seus valores. A banda já havia se apresentado na quarta edição do Guaru Metal Fest em 2015. Além de apresentar uma evolução musical enorme, os guerreiros reforçaram a mensagem “de corpo e alma” que aquilo ali era um festival de Metal com ‘M’ maiúsculo. Saí do show com um trecho de uma música na cabeça que ficou ecoando por dias. “Somos nossos próprios deuses e os demônios estão dentro de nós.”
Os mineiros do The Evil eram muito esperados pelo público presente e fizeram uma apresentação bem organizada e representaram muito bem o Doom Metal. Apesar da linha de vocal de Miss Aileen não ser algo muito convencional para o estilo, cria um diferencial no mínimo interessante, somando isso ao visual sombrio do grupo e claro também a atração extra de poder contemplar o ex-Sarcófago Wagner “Antichrist” tocando. Mesmo sendo algo muito bem feito, revelo que não é bem minha praia de som, mas com certeza ajudou a diversificar as sonoridades que estavam fazendo a trilha do festival, sem perder “uma gota” da proposta extrema do dia.
Rolou um intervalo maior após o show do The Evil, e logo os cariocas do Lacerated and Carbonized estavam dando início à sua apresentação, que também dispensa muitos comentários. Apesar de sermos da mesma cidade, fazia anos que não assistia a um show desses caras com a formação clássica. Afinal foi o primeiro show com Victor Mendonça de volta após o acidente sofrido durante a tour latino-americana em 2017. Esse foi um dos momentos que me emocionou bastante ao lembrar que assisti muitos shows deles antes do lançamento do demo “Chainsaw Deflesher”. Sacar que eram crianças fazendo Metal Extremo há 14 anos atrás e constatar hoje, que a postura, simplicidade, e humildade dos caras ainda está intacta. Outra prova de compromisso com o que se propõe a fazer e com certeza uma excelente escolha da produção para integrar o cast do evento.
O momento crucial do Extreme Day se aproximava. Muitos Headbangers entravam apressados no local e iam se posicionando próximos ao palco. A impressão que tive é que o inferno mandou reforços para aquele momento único, que muitos esperaram por mais de 30 anos. Iríamos assistir a lenda viva do Black Speed Metal Italiano. Maníacos com vinis, CDs, camisetas do Bulldozer, olhavam ansiosos para o palco. A minha emoção e ansiedade estava em níveis absurdos, quando uma introdução começa a tocar e o telão a exibir imagens de dois guerreiros que já não estão mais entre nós. Rodrigo “Mãozão”, que segundo amigos próximos de SP, era um dos maiores fãs de Bulldozer do Brasil e o eterno Rebaelliun Fabiano Penna.
Sinceramente, uma soma de nó na garganta e lágrimas finalizaram minha emoção e ansiedade. Olhava para minha companheira que estava totalmente em transe olhando para o palco e me falando que aquilo era o underground na sua mais pura essência. AC Wild em silêncio com uma das mãos chifrada se dirige a frente do palco, como se estivesse convocando todos a se libertarem com insanidade e suas palavras são “Dedicamos esse show a Rodrigo”. Muitos presentes estavam com os olhos cheios de lágrimas e vibraram com isso. O que se inicia após a salva de palmas, me faltam palavras para descrever. Assisti a uma aula de como fazer som extremo sem render-se à modernidade. Uma prova completa de como se manter intacto sem deixar corromper sua obra mantendo viva a história para outras gerações de Bangers! Não tinha como virar as costas e simplesmente sair. Não tinha como banalizar como “é mais uma das 23 bandas que vão tocar” e também não era a tradicional babação de ovo de brasileiro para gringo. Não! Não era. Era o Bulldozer porra! Era parte da minha loucura que me faz estar envolvido com Metal há quase três décadas. Era a história que estava na minha frente, ou melhor, na frente de todos que tiveram (talvez, quem sabe? a última) chance de assistir esse absurdo ao vivo em terras brasileiras. Não marquei certo, mas acredito que o show durou cerca de uma hora e meia, e resumo que os caras conseguiram transformar todos que estavam ali assistindo em Headbangers. Mesmo que apenas durante uma hora e meia, todos ali falavam a mesma língua e sentiam a mesma emoção!
Após me recuperar do massacre promovido pelos italianos e me hidratar com mais cerveja, paro para assistir aos gaúchos da Symphony Draconis, que também fizeram uma apresentação devastadora. Um Black Metal sombrio com forte influência na cena norueguesa dos anos 90 e que eu tinha também grande curiosidade de conferir ao vivo pois só conhecia as músicas de seu debut “Supreme Act of Renunciation”.
Um ponto muito interessante do Guaru Metal Fest é essa diversidade de bandas de vários cantos do país. É uma oportunidade rara de interações entre bandas e bangers que compõem o público. Apesar de esse evento ser em São Paulo, havia pessoas do Sudeste, Sul , Norte, Nordeste, Centro-Oeste e também de alguns países da América do Sul.
Outro ponto que destaco, é a equipe do evento. Formada em sua maioria pela família da Deca Cast. Existe um envolvimento em fazer as coisas acontecerem e atender bem o público, que em eventos de porte maior, como o Guaru, não havia visto. Existe empenho de todos envolvidos em ver o acontecimento ser uma experiência mágica para os presentes.
Após o Symphony Draconis, s responsáveis por manter as cabeças agitando era o Arma. Apesar de oficialmente ser de São Paulo, a banda possui integrantes do RJ das bandas Imperador Belial e Flageladör. E sou suspeito para falar algo positivo, pois além de fã, participei do lançamento do primeiro demo deles, e a banda que integro também já dividiu um split CD com eles. Enfim, Speed Metal com aquela dose de Rock’N”Roll Mötorheadiano, e que com duas guitarras foi um arregaço no palco. Apesar de uma parcela do público ter saído após o show Bulldozer, ainda haviam muitos Headbangers que ficaram para conferir bandas que tocaram após.
Após o massacre promovido pelo Arma, sobe ao palco uma das bandas que também era muito esperada pelos amantes do Death Metal. O Rebaelliun sinceramente não precisa de comentários. Apesar da mudança de formação forçada devido ao falecimento do grande Fabiano Penna, a banda continua fazendo de forma magistral o que se propõe, e brindou a todos com um show digno do nome Rebaelliun.
O cansaço já tomava conta do público quando os cariocas do Velho iniciam seus trabalhos. Não houve prejuízo no show, mas acredito que o set list tenha sido reduzido devido a problemas técnicos com guitarra e baixo que acabaram ocasionando algumas paradas inesperadas. Mas nada que abale essa entidade do underground que já está acostumada com certeza a perrengue em palco e situações inesperadas. O Black Metal cantado em português com uma pegada old school bem empolgante, que já são marcas registradas da banda, fizeram os presentes agitarem e cantarem juntos músicas como a clássica Satã Apareça.
A resistência do público presente foi colocada à prova com a banda que sucedeu o Velho. O paulistano do Hellish Grave com seu raivoso Speed Black Metal inicia sua apresentação com sangue nos olhos mostrando aos bangers sedentos por velocidade porque teve seu début “Worship Macabre” lançado pela gravadora Kill Again Records (DF). Além de músicas do álbum de estreia apresentaram alguns sons que estarão em seu próximo full legenth intitulado “Hell No Longer Waits”. Outra banda que deu seu recado e mostrou uma maturidade digna de bandas veteranas.
A madrugada acabou e a escuridão da noite já estava se perdendo, pois já se aproximava das 5 da manhã quando os chilenos do Undertaker On The Damned subiram ao palco para acabar de devastar aquela noite extrema com seu Black Metal na linha de bandas como Maniac Butcher. Seria um fechamento perfeito, mas realmente já estava muito tarde e boa parte do público já havia se retirado ou estava dando sinais de cansaço extremo e a banda tocou apenas 20 minutos encerrando assim o Extreme Day.
Mas para não haver prejuízo para nossos hermanos, a produção do Guaru os encaixou no cast do dia seguinte (Heavy Day) para que pudessem apresentar seu trabalho para um número maior de pessoas!
Completamente destruído pelo cansaço, álcool e alguns excessos da noite, me senti um sortudo por ter me hospedado em um dos hotéis na rua do evento, cinco minutos de caminhada antes de zerar a vida daquele feriado de 7 de setembro que com certeza iria ecoar em minhas memórias por muitos anos e tentar me preparar para assistir mais 12 bandas no Heavy Day algumas horas depois.
A ansiedade para o Heavy Day não me deixou dormir muito, apesar de estragado do dia anterior que terminou no dia atual e me deparar com um dia cinzento e garoando, parti para o clube e novamente cheguei bem no inicio do evento que dessa vez começou pontualmente e com o som completamente ajustado. Logo na chegada, uma sensação nostálgica se misturou com a impressão de ter viajado no tempo para os anos 80 devido ao visual dos Headbangers presentes que foram vestidos a caráter de acordo com o tema e cast do dia. Coletes com patchs, calças justas, franjas no cabelo e muitos tênis de basquete davam o recado que se tratava de um evento de Heavy Metal. Outro ponto muito interessante de São Paulo é esse, as pessoas levam muito a sério isso de visual, e essa postura acaba se tornando uma atração à parte para quem é de fora da cidade.
A banda Rising infelizmente não pode se apresentar devido a um problema particular com um dos membros e no palco estava a banda de São Paulo Warage, que ficou perfeita para abertura dos trabalhos nesse dia de Heavy Metal. Apesar de a banda ser antiga (2001) eu não conhecia o trampo deles. Só identifiquei no palco o camarada ex- Comando Nuclear Filippe Tonini (guitarra) e apesar de terem se apresentado para um número pequeno de pessoas que chegavam aos poucos, a banda fez um excelente show mostrando porque foram escalados para abrir os trabalhos desse dia.
Logo na sequência sem muita espera, sobe ao palco a banda Golpe Devastador de Indaiatuba/SP. Fui na intenção de conferir a banda, e só conhecia de sons que escutei na rede. Resumo que os caras fizeram jus ao seu nome com um show energético e com uma pegada bruta Speed Metal que acendeu a chama do mosh nos presentes. Ao final do show tive a oportunidade de fazer uma troca de material com os caras catando o álbum de estréia deles intitulado “Instinto Assassino”.
Estava bebendo e trocando idéias quando fui surpreendido por uma sonoridade que não estava dentro da proposta do dia e fui conferir o palco e estavam lá os chilenos do Undertaker On The Damned fazendo sua apresentação completa planejada pela produção do Extreme Day. A banda que eu também não conhecia apresentou músicas de seus álbuns “The Falling of the Parody of Misery”(2005), “Lords of the Extreme Mockery” (2011) e também seu single “Las Marcas de la Muerte”(2017). Um postura de palco de quem se preparou para tocar em outro país e apresentar da melhor forma possível sua arte.
Após os chilenos e um intervalo um pouco maior, o Antroforce de Osasco / SP inicia umas das melhores apresentações que presenciei no dia. Um Speed Metal cheio de clichês sensacionais, despejado “sem massagem”, fez pescoço e cabeças se movimentarem de forma frenética. A qualidade do som que saía da aparelhagem de palco estava em seu melhor momento, e isso só acrescentou valor a uma apresentação que defino como selvagem aqui.
Na sequência, aquela sensação de viagem no tempo me dominou. O Biter também da cidade Indaiatuba/SP, fez um show de Heavy Metal completamente oitentista desde o visual até a timbragem utilizada nos instrumentos. Divulgaram sons de seu álbum de estreia “The Eyes of the Biter” e consegui entender porque é uma das bandas que desde o ano passado está presente em vários cartazes de shows em São Paulo, e inclusive são umas das bandas convidadas para o São Paulo em Chamas #46 que acontece em 26/10/2018 com os alemães do Iron Angel.
Acabei não conseguindo assistir ao ThunderSpell devido a questões particulares, mas pelo movimento na frente do palco devem ter mantido a energia do festival em alta.
Após resolver o que tinha, voltei correndo para conferir uma banda que considero um dos maiores representantes do Speed Metal brasileiro e dispensa apresentações. Selvageria, que iniciava sua segunda aparição no Guaru Metal Fest após cinco anos da segunda edição do evento (2013). Já sabia que seria algo marcante. Mas novamente fui surpreendido por uma show colossal e que fez os Headbangers se libertarem de forma completa, moshs, stage diving e tudo que um show de Metal veloz precisa para ficar mais empolgante. Uma banda monstruosa em cima do palco, que saciou a sede de Heavy Metal dos presentes e com certeza deixou ótimas lembranças marcadas.
O corpo não aguentava mais. Resisti até onde deu, mas o Extreme Day detonou minha disposição para prosseguir até o final do Heavy Day. Acabei com toda minha energia e lamentei não conseguir assistir as bandas Hellish War e Battalion. Perdi também as apresentações dos veteranos do Attomica, WitchHammer Centúrias que devem ter sido sensacionais.
Apesar da evolução do festival a cada ano, diversificando bandas, aumentando o número de dias e consequentemente o cast, notei que de 2015 para cá o público tem diminuído. Claro que este ano temos diversos fatores relacionados à economia do país que podem ter contribuído para esse quadro. Mas mesmo assim, é algo complicado. Eu mesmo comprei meu ingresso em dezembro de 2017 para um fest que aconteceria em setembro de 2018. O festival faz promoções de antecipados, ações de divulgação direcionada, aceita cartões e tem outras facilidades. Um ingresso antecipado para assistir 24 bandas, sendo na época duas dessas Bulldozer e Sacred Steel (Essa infelizmente teve que ser cancelada devido à baixa venda de ingressos para o Heavy Day), estava muito barato sim.
Fica difícil chutar um motivo, mas é no mínimo curioso. Um evento como esse em qualquer lugar do mundo, dá pelo menos uns 1000 pagantes… Será algo muito negativo se um festival desse porte encerrar suas atividades. Será difícil ter alguém que cumpra essa missão de agregar em dois dias várias bandas expressivas da cena underground brasileiras em um só festival em São Paulo. Existe gente com condições de fazer igual, ou melhor? Sim, existe. Mas geralmente esses valorizam bandas mainstream internacionais, e usam o cast gringo como moeda de troca com bandas nacionais para as mesmas tocarem sem receber nada, alegando que o investimento é alto… Na verdade nem usam né? Existem bandas que até se oferecem para tocar “no amor”, pois sabem que terão como apresentar seu trabalho para um público significativo em volume. Talvez até para o público, que não foi assistir a única apresentação do Bulldozer no Brasil, pois teriam que fazer o sacrifício de assistir bandas brasileiras. Um público que geralmente é formado por pessoas que vivem aquele lema babaca de playboy cuzão, metido a formador de opinião, entendedor de Heavy Metal, porque teve grana para comprar uma tonelada de discos e volta e meia viaja para o W.O. A e não tá nem ai para o que acontece no underground. “Metal nacional que se foda! Só existe Angra e Sepultura nessa porra!”
Enfim, o festival mais uma vez deixou surpresos todos que compareceram e esses com certeza estarão na edição de 2019. Ainda falando de valorização, finalizo com uma afirmação solta. Quem não faz um esforço para comparecer a um evento como o Guaru Metal Fest, mas afirma apoiar o Metal nacional ou fica rondando membros da produção pedindo vaga no cast, é no mínimo controverso ou canalha. Quem sabe?
Existem dezenas ou até centenas de bandas na América do Sul que desejam subir ao palco desse evento sensacional sediado em Guarulhos, e a única forma da produção trazer essas, é o Headbanger que afirma valorizar essa cultura deixar de lado preconceitos, sair da frente de seu computador ou celular e se organizar para comparecer e manter essa iniciativa viva. A contracultura agradece.
Vida longa ao Guaru Metal Festival!