Em mais uma cobertura, o Fanzine Mosh, através de sua repórter Deborah Torre e do fotógrafo Marcos Medeiros estiveram pelo segundo ano consecutivo na França para cobertura do HellFest que aconteceu nos dias 21, 22 e 23 de junho.
Julho e já sabem, né? Época de review de um dos maiores festivais da Europa, o HellFest, que acontece nos 3 dias do solstício francês, em Clisson, cidadezinha muito calma e charmosa à 300 km de Paris. A novidade desta edição ficou por conta do KnotFest, festival itinerante da banda Slipknot que no dia anterior (dia 20) dividiu palcos e fãs com o grande evento. Sorte de quem se planejou e garantiu o ingresso para esse “extra”, onde teve a oportunidade de ver bandas como Rob Zombie, Sick Of It All, Ministry e claro, Slipknot. Para aqueles que tem disposição, foi um dia a mais de muito metal e diversão.
O Hellfest – como sempre – abre sua programação no dia 20, então para aqueles que já estavam em Clisson ou acampados no aguardo da sexta-feira (primeiro dia de shows oficiais do festival), mesmo não tendo adquirido o ingresso paralelo do KnotFest, já pôde desfrutar de outras atrações na área externa do festival. Como você verá no mapa oficial abaixo, o festival é ENORME, e vai muito além de uma área delimitada a shows, entre o Hellsgate (portão principal para a entrada da arena de shows e os acampamentos) muita coisa acontece! E como todo ano a produção nos presenteia com melhorias na programação e na estrutura, em 2019, além de todas as atrações que já conhecíamos do ano passado, nos surpreendemos com 2 tendas enormes que funcionaram de quinta à domingo, de 19h às 03h, dedicadas a DJ’s locais tocando de tudo, do Metal ao pop internacional e Francês, a Fury e a Party Tent. Felicidade daqueles que não conseguiram participar do Hellfest meets Knotfest e para aqueles que ainda tinham energia pra curtir os demais dias após o encerramento dos shows oficiais.
Esse ano, como fomos conferir a parceria com o Knotfest, chegamos umas horas mais cedo em Clisson, para dar tempo de se alojar e fazer o tradicional “mercado do primeiro dia”. Pra quem nunca foi, fica aí a dica: chegando, monte seu acampamento e vá ao mercado! Estando identificado com a pulseira, você poderá entrar e sair do camping/festival e ir ao mercado de Clisson abastecer seu cooler de mantimentos essenciais (cerveja, água e croissants, hahaha) para os dias de festa. Brincadeiras a parte, pra mim esse é um dos grandes diferencias do festival. Poder em alguns momentos escolher coisas diferente e mais baratas para comer e beber: assim você não fica limitado ao que é servido no festival os 4 dias. Claro que ao decorrer do dia e pela distância da área de shows para o acampamento, você acaba consumindo também no festival, mas muito bom ter a opção de num momento de descanso, ter opções menos “fast” e mais “food”. Bom, voltando… Diferente do ano passado, que ficamos no acampamento normal (aquele que o ingresso já te dá o direito do camping), esse ano optamos pelo Easy Camp, uma opção um pouco mais cara porém, um pouco mais prática. É um acampamento separado que a produção do Hellfest já te recebe com sua barraca montada e equipada com cadeiras, sacos de dormir e kits de banho. Nesse espaço selecionado você conta com banheiros, chuveiros, carregadores de celular e assistência um pouco mais personalizada. Por ser um espaço mais reservado, também é mais silencioso, ideal pra quem quer conseguir descansar mais tranquilamente. Para quem tem problemas de mobilidade ou dores na coluna e pretende ficar no Easy Camp, sugiro pegar uma opção que NÃO seja a Kartent pois é beeem apertadinha. Desvantagens a parte, a barraca – que é de papelão – é um ótimo isolante térmico, o que impede de passar frio a noite e possibilita dormir até um pouquinho mais tarde sem morrer de calor dentro de uma barraca de nylon. Se você está pensando em ir ano que vem (se programa logo, pois o Hellfest é uma experiência única e incrível), fique no Hellcamp tradicional e sugiro que chegue cedo e se instale no Red Camp, que é a área do camping mais próxima da entrada do festival, vai te economizar uns passos.
Agora, o mais importante: Line Up! Como sabemos, o Hellfest é conhecido por ser um dos festivais mais “ecléticos” do meio do rock, pois nele conseguimos ver bandas de Cannibal Corpse à Whitesnake, o que torna tudo ainda melhor. Uma verdadeira união do rock, independente de suas vertentes. Esse ano, o line up foi bem puxado para o Hard Rock, e num único dia o público pode ver Def Leppard, Richie Kotzen, Whitesnake, Deadland Ritual, Kiss, ZZ Top, entre outros! Como já citei no release de 2018, as mais de 150 bandas que são atração no festival, são divididas em 6 palcos: Mainstage I, Mainstage II, Altar, Temple, Valley e Warzone. Sendo que desses, o Altar e o Temple são mais dedicados as Death e ao Black Metal. Um festival completo para todos os públicos e idades!
Uma decepção neste ano foi o cancelamento de surpresa do Manowar; uma das bandas mais esperadas da edição foi substituída pelo Sabaton, que tinha tocado na noite anterior para o público do Knotfest. Foi divulgada uma nota oficial pela banda e outra pela produção do festival, mas ainda não se sabe o real motivo da não participação da banda que, por sinal, tinha sido um dos nomes anunciados ainda no último dia da edição passada. Uma pena. Quem não se decepcionou nem um pouco foram os fãs do Tool! A banda do vocalista Maynard conhecida por não fazer muitos shows e turnês, sustentou uma multidão que os aguardavam a anos no domingo à noite. Outro destaque foi o The Fever 333, que segurou o Mainstage como se fossem veteranos, apesar do pouco tempo de carreira.
Já os gigantes Kiss, Def Leppard, Whitesnake, Gojira, Carcass, Slayer, Cannibal Corpse, Lamb Of God e Municipal Waste mostraram mais uma vez a receita de uma banda de sucesso, perfeição e presença nos palcos ao vivo.
Para o ano que vem, surpreendentemente ainda nenhum nome foi anunciado mas, a turnê de aquecimento do Hellfest, chamada Warm Up Tour, que acontece em diferentes cidades da França nos meses que antecedem o festival já foi anunciada para ocorrer também no Japão! Quem sabe a produção do festival não anuncia nos próximos anos uma WP aqui no Brasil, hein? Que sonho! A saudade já bateu e enquanto os ingressos para 2020 não são liberados, matamos a saudade com as fotos e vídeos dessa incrível experiência. E aí? Já começou a planejar 2020 ou vai “moscar” de novo?