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15 Oct 2024, 4:24 am

Mosh Classic: Bad Company (50 anos)


Por Emerson Mello

O Bad Company já nasceu como um supergrupo, afinal já tinha no seu front o requisitado vocalista Paul Rogers, que já tinha consolidado seu nome no Free, era o sonho de Ritchie Blackmore pra assumir o Deep Purple no lugar de Ian Gillan, e era influência de muitos vocalistas como Coverdale, Glenn Hughes, Jimi Jamison e outros. Assim como Paul Rogers, também vindo do Free, temos o baterista Simon Kirke. Outro medalhão era o guitarrista Mick Ralph, um dos fundadores do Mott the Hoople, outro nome consolidado na cena britânica. Completando o time temos o baixista Boz Burrel, que já tinha passagem pelo King Crimson. Com este time, a chance de dar certo era grande e a expectativa criada foi grande. O álbum foi o primeiro lançamento da Swan Song Records, gravadora do Led Zeppelin e foi um sucesso estrondoso desde o seu lançamento, sendo multiplatinado, ficando 25 semanas entre os 10 primeiros das paradas musicais britânicas, eleito pela revista Kerrang! Como o 40º de Heavy Metal de Todos os Tempos e incluído no livro 1001 Álbuns Pra Se Ter Antes de Morrer.

Tudo grandioso então os caras não poderiam errar, então o estúdio escolhido foi o  Headley Grange, já famoso por ser usado pelo Led Zeppelin e usaram o estúdio móvel de Ronnie Lane – usado por outros músicos famosos como Eric Clapton, Rick Wakeman, Peter Frampton e outros. A qualidade da gravação soa muito bem até hoje, mesmo cinquenta anos após a gravação, com uma sonoridade totalmente orgânica e viva, nos dando a impressão que estamos ‘dentro’ do som. Também não economizaram para a capa e chamaram a requisitada Hipgnosis, já famosa pelas suas artes icônicas para outras bandas. A capa minimalista, com a logo da banda em branco chapada num fundo preto acabou se tornando uma marca registrada da banda.

MAPA DE MIXAGEM.

Com todo este aparato a música não poderia decepcionar. E não decepciona. O repertório traz aquele característico Classic Rock com pitadas de Hard Rock, primando pelo som simples e direto e a banda acerta em cheio nas composições com melodias cativantes e refrões marcantes. Começando com Can’t Get Enough composição de Mick Ralph, já dá o cartão de visita do que vai vir no álbum, cheio de groove e malícia pela cozinha envolvente de Burrel e Kirke, conduzida pelo vocal rasgado de Paul Rogers e as guitarras certeiras de Ralph. Bingo! Rock Steady, composição de Rogers, mantém a temperatura com mais um refrão forte e gruda na cabeça. A banda dá espaço pra Ralph brincar um pouco na sua Les Paul. A próxima Ready to Love, Ralph trouxe direto do repertório do Mott the Hoople, e achei que a versão do Company é superior a original. Don’t Let Me Down não é uma regravação dos Beatles e sim a primeira parceria entre Rogers e Ralph, sendo uma balada intimista conduzida pelo piano e com adição de backing vocais femininos e que funcionou muito bem. O solo de sax de Mel Collins também merece destaque que trazendo um tom de versatilidade à música.

O ÁLBUM FOI DIRETO PRO TOP DAS PARADAS.

Abrindo o ‘lado B’ temos a música que dá nome a banda, uma parceria de Rogers e Kirke. Com um riff no piano e música tem um andamento denso com Rogers narrando a saga de um cara errante que já nasceu com o destino marcado e chegando no refrão “Bad company I can’t deny/Bad, bad company’Til the day I die”. Clássico absoluto. The Way I Choose deixa o clima mais leve, sendo outra balda, desta vez conduzida pela guitarra de Ralph novamente a banda utilizando o recurso do sax. Movin’ On esquenta o clima novamente com um groove dançante e Ralph conduzindo a música com sua Les Paul. Seagull fechando muito bem, novamente uma dobradinha Rogers/Ralph, tendo uma pegada mais folk, sendo conduzida unicamente pelo violão com o apoio apenas do baixo de Burrell.

BAD COMPANY JÁ NASCEU COM STATUS DE SUPERGRUPO.

Talvez alguns fãs do Free tenham torcido o nariz pra este Bad Company, mas é inegável que é um grande álbum e inicia muito bem o que seria uma carreira de muito sucesso, com todos os ingredientes do Rock’n’Roll com fama, excessos, mas com uma discografia que merece ser visitada e apreciada.

*Ficha Técnica

Banda – Bad Company

Álbum – Bad Company

Lançamento – 24/05/1974

*Line up

Paul Rodgers – vocais/guitarra/violão/piano/percussão

Mick Ralphs – guitarras/teclados

Boz Burrell – baixo

Simon Kirke – bateria

Músicos convidados

Sue Glover & Sunny Leslie – backing vocais

Mel Collins – sax

*Músicas

Lado A

01 – Can’t Get Enough 4:17

02 – Rock Steady 3:47

03 – Ready for Love 5:03

04 – Don’t Let Me Down 4:22

Lado B

05 – Bad Company 4:51

06 – The Way I Choose 5:06

07 – Movin’ On 3:24

08 – Seagull 4:04

Duração total: 34:45

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Postado em maio 24th, 2024 @ 07:35 | 485 views
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