por Clovis Roman
Figurinha carimbada no Brasil, o Sonata Arctica veio pela 4ª vez para Curitiba, cidade que os recebeu anteriormente em 2002, 2008 e 2015. Este show foi parte integrante da turnê do disco The Ninth Hour, que mais uma vez mostrou um grupo que evoluiu sem corroer sua estrutura como tantos outros por aí fizeram.
O Ankhy foi escolhido por meio de uma votação online para ser a atração de abertura. E a garotada mandou ver com um som pesado, que pega os elementos ao mesmo tempo ríspidos e melódicos de grupos como Children of Bodom e In Flames, e unem as melodias grudentas de grupos como Avenged Sevenfold (eles são mestres em melodias e versos grudentos, não adianta tentar recusar este fato) e Anthrax: os versos “The fate of the world remains in the hands of men” da ótima “Lunius (The City Of Shadows)” não me deixa mentir. Esta, junto a antiga “Unleash The Serpents” foram os grandes momentos da apresentação.
O grupo, que já gravou seu debut Prologue, vai aparecer em todas as listas de melhores discos do ano, com certeza. Todos como instrumentistas são ótimos,e o vocalista Matheus Motta é soberbo, com um timbre forte e agradável. E o cara segurou com tranquilidade a cover de “Carry On”, do Angra, cujo vocal é um absurdo de dificuldade. Showzaço!!!
O Sonata Arctica voltou a Curitiba após dois anos, mostrando uma proposta diferente. Se em 2015 eles fizeram um repertório focado em músicas antigas, dessa vez eles fizeram um best of envolvendo todas suas fases (só um álbum ficou de fora: The Days of Grays). Resgataram pérolas como “Misplaced” (em quatro shows que fui deles nunca tinha visto eles tocando-a) e “The Power Of One”, que eles não tocavam já há mais de uma década e meia.
O show teve um ritmo cadenciado, mostrando que o rótulo de Metal Melódico para eles não é suficiente. O grupo finlandês conseguiu se reinventar e criar uma identidade própria. O grupo está com sua melhor formação desde sempre, que ganhou um up com o já não tão novato Pasi Kauppinen, baixista de presença forte, diferente de seu antecessor.
entre os momentos de destaque, cito canções como “The Wolves Die Young”, a divertida “Life”, do último disco, e “I Have a Right”, uma das melhores criações do quinteto. O encerramento veio com “Don’t Say a Word”, clássico indispensável. Eu gostaria muito de ter visto “Broken”, e com certeza todos queriam ter cantado junto “Replica” (tanto que muitos pediram-na no final do reduzido repertório), mas o show cumpriu sua proposta e valeu cada centavo.
ANKHY
Helius (The City of Sunrise)
Lunius (The City of Shadows)
Ways to Oblivion
War of the Gods
Unleash the Serpents
Carry on (Angra)
SONATA ARCTICA
Closer to an Animal
Life
The Wolves Die Young
In Black and White
Tallulah
Fairytale
FullMoon
Among the Shooting Stars
Abandoned, Pleased, Brainwashed, Exploited
We Are What We Are
The Power of One
Misplaced
I Have a Right
Don’t Say a Word