Almah, que evoluiu a passos largos com o disco E.V.O., será uma das atrações do Hell in Rio
por Clovis Roman
O Almah vive um momento bastante próspero. Com seu recém lançado E.V.O., eles já provaram com sobra e há muito tempo que são uma banda estruturada, de carreira sólida. Neste trabalho o grupo apostou em uma sonoridade mais ‘amena’, como explica o vocalista Eduardo Falaschi: “Eu quis desde o início fazer um CD com mais melodia e harmonias melancólicas!”. Apesar disso, há passagens mais pesadas, como a ótima “Higher”. Para o cantor “o peso está onde precisa estar”.
Em paralelo a E.V.O., Falaschi gravou um trabalho solo, Moonlight, onde fez releituras sublimes de músicas do Angra (e uma do Almah), e assegura que não houve influência de um no outro, afinal “é outra coisa, não misturei as estações, os dois conceitos estavam bem claros e definidos na minha mente”. E se dedicar a um projeto bastante diferenciado “foi um grande desafio, o pianista Tiago Mineiro me ajudou muito! Eu queria algo intimista, romântico e emocional! Tem uma aura erudita e quase medieval! É um álbum para ser apreciado nos mínimos detalhes!”.
O cantor completou 25 anos de carreira, e foi agraciado com um disco tributo, um formato pouco comum aqui no Brasil. “Fiquei muito lisonjeado e emocionado com a homenagem das bandas e da gravadora MS METAL RECORDS. Tudo ficou lindo, amei as versões. Não tive envolvimento, foi algo externo, feito por pessoas que admiram meu trabalho. Eu jamais esquecerei tal homenagem”. Entre as bandas participantes está o Soulspell, que regravou “Spread Your Fire” (do Angra) com a participação de Tim ‘Ripper’ Owens (Judas Priest/Iced Earth) e Ralph Scheephers (Gamma Ray/Primal Fear). E se em 2016 o nome de Falaschi esteve em evidência, afinal, foram três lançamentos este ano, para o próximo devemos ter o primeiro disco ao vivo do Almah, que já soltou cinco álbuns de estúdio: “temos muita vontade, acho que em 2017 deve rolar”, diz.
Carreira
Entre diversas bandas e projetos, um dos mais marcantes para Edu foi o Symbols, a banda com a qual teve boa repercussão, que o levou a entrar no Angra logo depois. “Não sei o que teria acontecido caso eu não tivesse ido pro Angra, é uma incógnita”, e complementa relembrando a qualidade daquela formação, que contava também com Tito Falaschi, seu irmão e igualmente um grande vocalista: “O Symbols foi uma banda animal, tínhamos um grande time e grandes músicas, mas infelizmente acabou”, e isto se deu quando ele foi convidado a integrar o Angra logo após a virada do milênio. Antes, além de dois belíssimos álbuns, Symbols (98) e Call to the End (01), a banda foi contratada para gravar um disco de músicas num estilo mais despojado, que acabou nunca sendo comercializado, o Bola Jones. Eduardo explica que foi apenas um trabalho, nada de grande relevância, pois “foi uma encomenda. Nós do Symbols gravamos as músicas” e nada mais aconteceu.
Hell in Rio
O Almah é uma das principais atrações da primeira edição do Hell in Rio, festival que vai rolar na cidade maravilhosa no final de semana dos dias 5 e 6 de novembro. O festival “é um momento especial, e temos que fazer de tudo para qualquer festival desse tipo ser um grande sucesso”. Entre o grande leque de atrações, Falaschi nos fala quais ele tem mais intimidade com o som. Evidentemente além do Angra, banda da qual foi vocalista por mais de 15 anos, ele cita “Sepultura, Perc3ption e Hibria”, saindo do óbvio. O serviço do evento você confere abaixo. E para encerrar, o vocalista nos deixou uma mensagem bem bacana, pedindo que todos “sejam felizes, pensem positivo e acrescentem nas coisas ao seu redor”.
SERVIÇO
Data: 5 e 6 de Novembro
Horários: 16h e 14h (respectivamente)
Local: Terreirão do Samba — R. Benedito Hipólito, 66 – Centro
Valor: entre R$ 80 a R$ 320.
Ingressos: www.ticketbrasil.com.br
Classificação: 16 anos.
Contato: (24) 99261-7597
Página do festival: www.facebook.com/hellinriofestival