Confess usou rede social para se solidarizar com mulher morta por não usar véu mulçumano
A banda iraniana Confess usou as redes sociais para manifestar apoio aos protestos que se desencadearam no país, por causa da morte de uma jovem de 22 anos que foi presa pela polícia moral do Irã por violar o código de vestimenta islâmico e não usar o véu em público.
“A brutalidade policial é uma parte inseparável da vida iraniana e Mahsa foi morta por causa disso! Ela foi morta pela moral que diz que você pode bater em alguém até a morte só para ficar protegido! Como muitos outros, seu crime foi não ser como eles! O mundo inteiro precisa ver isso”, escreveu a banda em post publicado no Instagram.
De acordo com a imprensa estrangeira, Mahsa Amini, natural do Curdistão, no noroeste do Irã, estava visitando a capital Teerã com sua família quando foi presa pela polícia de costumes em 14 de setembro. Dias depois ela foi hospitalizada, entrou em coma e veio a óbito.
A morte de Mahsa causou forte comoção e a população, em maioria jovens, foram às ruas do Irã contestar o governo islâmico pelo tratamento dado pela polícia de costumes às mulheres.
Membros do Confess fugiram do Irã para não serem presos
O Irã é um país governado sob a lei islâmica. Com isso, até mesmo ter uma banda de heavy metal pode ser crime passível de penas duras. O Confess passou por um pesadelo que começou em 2015, quando os músicos Nikan Khosravi e Arash Ilkhani foram presos acusados de blasfêmia por expressar opiniões contrárias ao islamismo.
Cada um pagou 30.000 dólares de fiança e então fugiram para Turquia, respondendo o processo em liberdade. Em 2019 , Khosravi foi sentenciado a doze anos e seis meses de prisão e 74 chibatadas, enquanto Ilkhani foi condenado a dois anos de prisão. Eles pediram refúgio na Noruega, onde vivem atualmente.